O que esperar de um Presidente, que bate na mesa, e diz ter experiência para governar pois já foi secretário de segurança pública e na época, sabia muito bem como lidar com bandido.
Um presidente, que no seu discurso de posse, disse que o lema do seu governo é Ordem e Progresso. Que não existe mais crise, que agora é trabalho. Que não tem a menor noção do que é respeito a diversidade.
Um presidente, que só conseguiu se constituir como tal pois, é fruto de um golpe e estabeleceu um governo ilegítimo. Nem os mais eufóricos entusiasta do impedimento da Presidente Dilma imaginavam que pior do que estava, poderia ficar.
O governo Temer é uma caricatura do que há de mais atrasado na política brasileira. Mesmo uma parcela da grande mídia que tenta impor uma rápida legitimação do governo, aplaudindo a sua política econômica que aprofunda a perda de diretos das(dos) trabalhadoras(es), não conseguem esconder o quanto a sua equipe está lambuzada de corrupção e que o impedimento fazia parte de uma trama para abafar as investigações.
Por outro lado, quem ganhou mais peso nos últimos dias foi a própria Operação Lavo Jato, que tem os seus méritos, mas também profundos limites, principalmente por agir de forma seletiva e formar uma certa casca que não tem nenhum controle social, como é poder judiciário, que define muitas vezes o rumo do país. O judiciário tem muita autonomia para um poder sem nenhum controle social, ao me ver, uma aberração para dita democracia. As ações , muitas vezes, podem parecer moralizadoras ao mesmo tempo que esconde interesses ocultos.
É animador ver que foram 13 dias intranquilos para os golpista e que existe muito fôlego nas ruas para denunciar a ilegitimidade desse governo e a defesa dos valores democráticos e não aceitação de retrocessos. Sigamos na luta!
Juninho é Jornalista, Presidente Estadual do PSOL - SP e militante do movimento negro
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